quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Você "Doveda"?


- Ai! Inferno! Ai car*%$# como doi! Maldito seja! - disse a garota irritadíssima. Ela acabara de chutar o canto de sua cama com o mindinho. Se o fato de ser domingo já não bastasse, para piorar, seu esmalte ainda não havia secado.

Espumando, foi pulando cautelosamente até sua cama. Deitou e puxou o pé para si, acariciando o dedo machucado e tentando em vão recuperar o trabalho que sua manicure havia feito tão perfeitamente. Quase na inconsciência do descanso, ouviu um barulho estranho.

- Legal! Não posso nem descansar no meu próprio colchão que alguma coisa me atrapalha? Vejamos, o que mais pode ser? Um monstro trajando kilt chacoalhando meu armário que sairá a qualquer momento com um sabre de luz e sem misericórdia me cortará em pedacinhos servindo de menu a meus próprios pais?

(Quase isso querida)

O som assemelhava-se a um mix de moedor de carne com maquininhas de dentista. Vencida pela irritação e curiosidade, levantou e foi ao banheiro verificar. Parou à porta e acendeu a luz.

- Uou! Que troço grande!

Uma abelha itu-africana plavana ao redor da lâmpada. Alérgica e com gana de vingança pela picada que levou quando pequena, disse:

- Agora você vai ver!

A preguiça era tanta de ir à lavanderia que vasculhou visualmente o quarto. Nada de mata-baratas, mata-mosquitos, muito menos aniquila-criancinhas. Avistou um spray de secagem rápida para unhas.

- Por que não?

Espirrou um pouco no dedinho, retornou ao matadouro e abriu fogo.

- Morre desgraçada!

O animal vacilou por um instante fazendo a alegria de sua possível assassina, mas voltou firme para a rota.

- Dammit! Pera aí... Já sei!

Dirigiu-se ao guarda-roupa, abriu as portas e bem lá no fundo retirou o que queria; um desodorante vencido que guardava para emergências, e, definitivamente, aquilo o era.

- Toma maldita! - disse, espirrando o jato com essência de erva-doce.

O animal fugiu do trajeto, mas não escapou da mira da jovem.

- Ah, o quê? Você é forte é? Vê agora! - falou, pressionando ainda mais o gatilho.

A coitada emitiu sons mais suaves, voou lentamente até que caiu no chão. A garota havia feito mel finalmente. A extenuante batalha pela vida se fora.

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Qual a probabilidade de uma garota sozinha num quarto aniquilar uma abelha itu-africana com um desodorante que passou da validade?

RESPOSTA: todas.

Polandesamente falando: "Chegou o novo Dove finish him. O antitranspirante que até vencido, é invencível!"

domingo, 16 de janeiro de 2011

Um castelo enraizado


As pedras de uma fortificação tomaram as ruas... Barreiras surgiram. Criaturas humanas abaladas foram paralisadas pela raiz do querer. Um dilúvio não delongou. Com as enchentes frequentes, o labirinto indecifrável tornou-se quase não totalmente desconhecido. Alguns calhaus, resquícios de um futuro, permaneceram e gradualmente serão postos nas paredes novamente.

Bonança e devoção são o segredo para arquitetar renova construção.

Polandesamente falando: os caminhos ondulam, vezes em círculos. Para atinar a reta final, é preciso investir arduamente na potência da alma.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Ah, o amor... (parte 5 de...)



Há quem diga que os pequenos não amam. Eles podem até não saber o que é o amor (e quem sabe ao certo?), mas que o sentem, isso é fato. Vai me dizer que teu coração nunca acelerou quando seu coleguinha colorido chamou seu nome bem no meio da aula de artes? Viu só?

E, quem foi seu primeiro amor? Não o namoradinho da adolescência... Lembre do jardim da infância. Aquele garotinho da turma que ficava te pentelhando na hora do recreio seja com xingamentos ou bolinhas de papel em seus cabelos. Em retribição distribuía beliscões, tapas, até mesmo metade do seu lanche? Lembrou agora né?

O amor é demonstrado por infinitas maneiras, neste caso, constitui plena pureza. Não existem expectativas ou planos, brigas ou conflito de interesses, apenas emoções e sentimentos.


Polandesamente falando: o amor na infância. Isso é coisa de criança? Sim, também; literalmente.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ano novo: uma nova dimensão


Como você comemora a chegada de mais um ano? Igual a todos? Em tua ceia constam frutas, carnes que não ciscam, saladas e afins? Quando o grande momento está chegando, prepara a taça com champanhe, coloca três uvinhas e faz três pedidos? (Se o Alladin soubesse disso, o gênio da lâmpada seria um desempregado...)

Não importa onde esteja e qual ritual siga, nada como a queima de fogos. Pode durar 5, 10 minutos, que seja, sempre é um grande espetáculo. Admirando as luzes esféricas, paralisamos. Esquecemos de todos os problemas, das pessoas, de tudo. A noção da realidade resume-se ao avistar encantamento em busca do sonho. Fixando as retinas na imensidão clara, um vitral se cria. Não apenas surgem cores, volumes emergem da bela explosão formando nova dimensão; como em filmes 3D. De um plano, brota-se sequência de imagens. A luz vem, aproxima-se cada vez mais, quase tocando nosso rosto.


Polandesamente falando: Um fogo de artifício torna-se dimensão de esperança para as próximas três centenas e um pouco mais de dias, com todos seus desejos e acontecimentos desconhecidos. O que muda de um ano para o outro? É apenas a forma humana de nomear as coisas. A natureza é a mesma... no mesmo planeta. Mas a esperança por algo novo é o que te faz ver a dimensão da fé.