quarta-feira, 31 de julho de 2013
Inovação do velho
Se você vai a um evento sobre as novas tendências nacionais do varejo, aspirada também na modernidade de outras culturas, com intenção de impacto sobre o consumidor/espectador, onde reina a tecnologia; como pode ter um palestrante italiano de renomado escritório de arquitetura sendo traduzido e transmitido por um aparelho totalmente contraditório ao tema?
Polandesamente falando: o mundo se prova uma vez mais ser dos contrários não notados, presentes e insistentes por percepção e atitude.
terça-feira, 9 de julho de 2013
O triste fim de um tubérculo
Não sei de onde
surgiram aqueles dedos gelados. Já era noite, bem tarde quando senti remexer
meu saquinho plástico. Flutuei até uma mulher. Não pude identificá-la, já
estava com sono, mas me segurou forte, de tal maneira que perdi o ar e
desmaiei. Cinco, seis minutos se passaram, nem isso; me recompus do aperto.
Abri os olhos no ensejo de ser apenas mais um pesadelo horrível, mas estava notoriamente
agarrada às entranhas de uma necessidade, a fome.
A mulher, ao
mesmo tempo que me segurava, ria freneticamente de um tal Joseph Climber –
aliás, não faço ideia de quem seja. Por um momento o agradeci por distrair minha
predadora e desviar seus dentes de meu entorno, porém suas piadas gastas não
fizeram mais efeito depois de meia hora; senti uma vez mais o aperto no
saquinho, a levitação, dessa vez fora do meu habitat, até um lugar mais escuro e úmido.
Polandesamente
falando: estômagos necessitados são demasiado perigosos, principalmente se você
for uma batata apetitosa.
Assinar:
Postagens (Atom)