Dizem que os
escritores são intelectuais visionários, refletidores do cotidiano, insistentes
pela captação do quase imperceptível, contado de forma distinta, representativa
e destacada. Captam a essência racional, transformam em história ou provocação.
Assim como os literários, os fotógrafos, por exemplo, partem do mesmo
princípio. Com única ação conseguem absorver semelhante história, não transcrita,
mas reproduzida visualmente. Os que fazem da lente profissão, veem mais do que
composição de objetos, assim como os do papel. Cada palavra é arranjada e
posicionada em harmonia gerando um sentido, o mesmo visto pelo criador.
Percepções
diferenciadas de lados artísticos sobressaem-se, indubitavelmente, àqueles de
outros dons. Estes estão acostumados em ser marionetes visuais. Não por falta
de conhecimento, mas imposição da rotina. O momento que flutuarem e deslocarem
o raciocínio para o imperceptível, conseguirão notar um incipiente sentido, transformador
da consciência mundana.
Polandesamente
falando: esta talvez possa ser apenas uma foto de um homem comendo sua marmita
em uma praça de alimentação de um Shopping Center, talvez não.