terça-feira, 26 de junho de 2018

Ah, o amor... (parte 15 de…)



É por ser indefinível que as reticências cabem tão bem ao amor. O amor causa a interrupção do tempo e exprime o conjunto de inúmeras emoções, justamente como elas.

É na inconclusão dos três pontos, em sua obrigatoriedade de sequência, seja ou não explícita, seja ou não pausada, na transformação desse sentimento que me atenho nessa reflexão.

Entendo o amor como etapas de mutação:

1) Estágio físico: a atração palpável entre duas pessoas;
2) Estágio familiar-coletivo: adoração não só pela pessoa, mas por todos aqueles que têm relação direta com o ser amado;
3) Estágio de sublimação: estima pelo o que o ser amado representa para si e para o mundo;
4) Estágio atemporal: crença absoluta na ligação de duas almas e em suas onipresenças atemporais universais;

Esses estágios permitem que nossa mente tente captar as características desse sentimento no intuito de compreendê-lo… assim como as reticências…


Polandesamente falando: O amor é a transformação infinda do silêncio voluntário da emoção.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

A mudança do começo




Recomeçar. O recomeço pode ser compreendido como mudança? Para recomeçarmos precisamos mudar algo? Vejo pessoas buscarem a mudança, mas será que a mudança em si não está em seu processo de busca? Pois, se altero alguma atitude para tentar obter outra e, se consigo, e se me mantenho “nessa outra” por mais tempo e por consequência, “essa outra" se torna usual, essa permanência já sairá do estado de mudança, ou seja, será que mudar é apenas o momento de transição?

Será que a mudança pode ser vista como algo que não é comum ao todo, isto é, o diferente, o não-usual? Uma das causas da mudança, ao meu ver, vem do costume e do incômodo. Acostumar-se, incomodar-se, mudar; aliviar-se?

Mas por que será que as pessoas precisam mudar? Será por que se eu tive uma experiência negativa quer dizer que, por consequência, esse estado que me encontro não é o ideal para mim, ou seja, preciso modificá-lo, encobrindo uma lembrança desconfortável?

E como mudar? Modificar o físico para uma instantânea percepção ou usar as alterações abstratas, como: mudança de comportamento, atitude, pensamento, etc.? Ou ainda, terceirizar a ação de mudar para a simples crença na fé da modificação sem necessariamente realizar alguma ação diferente?

E, finalmente, para que um novo começo? Uma provação à sociedade de sua capacidade de transformação ou simplesmente uma necessidade? 




Polandesamente falando: de todas as possíveis definições e reflexões que surgirão para “recomeço”, tenho certeza que a melhor delas seria "esperança".