segunda-feira, 30 de agosto de 2010

"Vento ventania, não leve meu destino"


Seus pares locomotivos tremiam. Não conseguia carregar o triplo de seu peso, mas precisava transportar o bloco de folhas até o ninho. Sua família dependia disso, só assim poderiam se alimentar. Em meio a chacoalhões de esforços a pequena saúva andava e descia pela árvore. Enquanto suava para completar a tarefa a natureza preparava a sua.

Uma rajada de vento como nunca vista fez balançar intensamente as folhas presas às patas da formiga até que seu esforço em agarrá-las foi vencido. Voaram por todos os lados e pousaram ao chão enquanto a carregadeira foi levada a galhos vizinhos pelas ondas de gases invisíveis.

A pobrezinha olhou desanimada para o desastre. Tinha que recomeçar a jornada, antes que seu estômago roncasse.


Polandesamente falando:
as mudanças ocorrem constantemente. Algumas são facilmente identificadas proporcionando tempo para lidarmos, outras chegam de surpresa e a paciência e dedicação são as ferramentas para nos adaptarmos.

Um comentário:

  1. O ser humano em geral não gosta de mudanças, são muito resistentes a elas a ponto de em muitas vezes não se adaptar de nenhum jeito.
    Algumas mudanças, as mais trágicas, não basta apenas paciência e dedicação para nos adaptarmos, pra isso precisamos de uma força maior, para suportamos a dor da perda e a da inconformidade...

    Beijo

    ResponderExcluir