- Mamãe, o que é a dor?
- É algo que machuca a gente querido.
- E por que ela é má mamãe?
- Ela não é má meu bem, apenas nasceu assim.
- Ah, e por que ela não fica boazinha?
- Não sei meu filho, não sei...
Conseguimos senti-la, mas não vê-la. Sabemos que está ali presente, nos preenchendo, mas ao mesmo tempo tão ausente por não podermos pegá-la e arrancá-la. Pode acontecer até no sentido figurado. A dor mente, se finge hospedeira, mas às vezes é moradora permanente. A dor nos engana, nos acompanha, e logo sorrateira, se afasta.
Polandesamente falando: a dor pode ser fraca e insuportável. Pode ser intensa, mas tolerável. Pode ser pequena, mas notável. Pode ser grande, mas esquecível.
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